quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ops! Falha Nossa: Discovery Channel - Conspirações

Ontem à noite, 23 de Setembro de 2009, assistia ao programa "Conspirações" no canal Discovery. Tudo ia bem, e estava até interessante. O programa tentava desmascarar um individuo que se apresentava com o pseudônimo de "Muad´Dib", que houvera produzido um documentário com "indicios" de que os atentados de 7 de julho no Reino Unido, foram na verdade uma "conspiração" do governo contra o Islam.

O programa "Conspirações" produzido pela "BBC" foi parcial na sua tentativa frustrada de tentar desacreditar o produtor do doumentário, e para isto, pegou-se na retórica de que o "produtor" achava ser o "messias".

Comentário do "Programa Conspirações": "Muad´Dib acha ser "Jesus Cristo". Aqui, o Canal Discovery mostrou a pobreza do seu programa, deixando claro que nem mesmo sabe a natureza e o segredo do termo "messias", e nem o que dele se explica os "livros antigos (Seforim Atikim)", e dogmáticamente apresentando novamente "Jesus" como o "Único Messias", que nada mais é do que um dogma cristão.

Além disto, o programa deixou claro sua tentativa de "inocentar" o governo Inglês, apresentando-o como um governo ilibado e sem manchas, e nesta tentativa, "esqueceram" de citar o caso do brasileiro "Jean Charles" assassinado pela policia inglesa que até hoje apresenta o caso como "um erro".

Realmente, a "impressão" que fica é que, os principais governos do mundo estão numa campanha mundial para desacreditar o Islam. Assim com o evento do "11 de Setembro" hoje mostra-se repleto de falhas, onde, passados 9 anos, sequer conseguiu-se provar que um avião chocou-se com o Pentágono. Parece mesmo que o constante crescimento do Islam no mundo todo tem tirado o sono dos governos, que assim como Hitler que tentou "livrar" o mundo do nosso povo, o povo judeu, os governos do mundo querem livrá-lo do Islam. Não podemos esquecer guerras como a da Bósnia, um conflito claramente étnico, dos muslins forçados a caminhar quilômetros na neve (eu não esqueço tais imagens).

Bem, talvez alguém queira "lembrar" os produtores do programa "Conspirações" a incluir "Jean Charles" na próxima pauta.

Eu ja deixei de ver a Globo, a Band, o SBT, a Rede Tv e vou acabar deixando de ver também ao canal Discovery, principalmente depois de um documentário, uma tentativa parcial de "provar a inocência" do governo Inglês, quando até hoje o caso Jean Charles continua sem uma explicação clara.

O que dizer mais? Melhor não dizer mais nada...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Segredos da Meditação (Kavannot)


Rabino Misha´El Yehudá


Antes de iniciar nossa “Hajra” sobre meditação, é necessário primeiro explicar o que é meditação.


O grande místico hebreu, rabino Avraham Yitzachak Kook (1865-1935), disse: “Mitzavá bli kavanná, Ke´guf bli neshamá – Mandamento sem kavanná é o mesmo que um corpo sem neshamá”.


A palavra hebraica “Kavanná” é derivada do termo “kivun”, e significa “Direção Interior” ou “Jornada Interior” que é muito semelhante ao termo arábico “Hajra” o qual usamos acima e que fora usado por Frank Herbert em sua obra máxima “Duna” cujo significado é “Jornada de busca”. Em árabe, significa imigração.


Trocando em palavras de forma que todos possam compreender, “kavanná” que é quase sempre traduzida para meditação, é uma “viagem de busca” pelos mundos interiores dentro das nossas almas, digo “almas” e não “alma”, porque todo ser humano possui uma “nefesh (alma animal), um “ruach (espírito) e uma “neshamá (alma divina)”, e quando se senta com a intenção de meditar, está na verdade, iniciando uma viagem interior pelas terras dentro de si mesmo.


Acerca desta viagem interior, a Torah nos conta sobre Abraão: “D´us disse a Abrão: “Anda de tua terra e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei (Genesis 12:1)”.


No texto original hebraico D´us diz: “Lech lechá (Parta para ti)”. D´us estava comandando Abrão a iniciar uma Hajra, uma viagem interior para as terras dentro de si mesmo. Assim, o Zohar nos diz que, quando Abrão chegou a Canaan, D´us apareceu a ele, e lhe deu a néfesh (alma animal). Depois Abrão partiu para sul e então recebeu o ruach (espírito), e finalmente alcançou o grau mais elevado recebendo a neshamá (alma divina).


Todos estes graus somente podem ser atingidos quando, intencionalmente o iniciado inicia sua kavanná, sua hajra, buscando dentro de si mesmo as respostas que jamais poderiam ser encontradas no lado de fora.


A alma (neshamá) é atemporal, e nela está o conhecimento do passado, presente e do futuro. Qabalsitas, iniciados nos caminhos místicos na “Escola Séter – a antiga escola de mistérios”, não prevêem o futuro, mas, se lembram dele através da kavanná.


A meditação é a única ferramenta capaz de nos colocar em contato com os reinos dentro de nós mesmos, nos permitindo o conhecimento de todos os nossos aspectos, tanto positivos, como negativos, despertando, tornando vivido em nossas mentes todo o conhecimento arquivado em nossas almas.


Recentemente adquiri o livro “Em águas profundas” do cineasta americano David Lynch, que foi quem levou para o cinema o meu livro preferido “Duna”. David revela no livro como a meditação o ajudou em seus projetos e na direção de seus filmes, incluindo “Blue Velvet (Veludo Azul)” e “Twin Peaks”, e como o ajudou também a conhecer a si mesmo, e controlar e erradicar o seu pior inimigo: A ira.


Os iniciados no conhecimento da Qabalah, também usam outras ferramentas para ativar e intensificar estas “Hajras”, como o uso dos Tefilin (filactérios), e a contemplação em alquimias de letras hebraicas as quais os iniciados nos caminhos místicos na Escola Séter, chamam de “Otiót” com as quais é possível realizar milagres, e aqui entra a sabedoria.


A palavra “milagre” vem do hebreu “ness” e significa “escapar/fugir”, pois, quem deseja um milagre quer na verdade, fugir de uma situação que lhe provoca intensa dor. O termo “ness” também é a raiz de “Nessoá (viajar)”.


Acerca disto está escondido na Torah sobre o maior milagre já realizado no universo: A abertura do “Mar Vermelho (Iam Suf)”.


“E disse o Eterno a Moisés: Por que clamas a mim? Fala aos “B´ney Yisra´El” que marchem (Êxodo 14:15)”.


No texto original hebraico D´us diz “Veissaú” que literalmente significa “iniciem a viagem” ou “pulem dentro do mar”. Devo deixar claro aqui, que nós, seres humanos somos constituídos de 70% água, um verdadeiro “mar interno”.


Em seguida a este comando, D´us ainda ordena a Moisés: “E tu, eleva o teu cajado e estende a tua mão sobre o mar e fende-o... (Êxodo 14:16)”. Segredo aqui reside no “cajado (hebraico Matê)”.


Na Torah D´us diz: “E este cajado pegarás com a tua mão, com o qual hás de fazer os sinais (hebraico Otót)”. Já foi explicado acima sobre o termo “otiót (letras)” as quais usamos para realizar milagres através das nossas “kavann-ót (plural de kavanná)”. O termo “Ót (letra)” funde-se aqui com o termo “Kivunn” formando o plural “kavannót” e ganhando o significado “viagem intencional pela letra”.


Sobre o cajado que foi dado a Moisés, o Zohar sagrado nos conta, que ele estava todo gravado com as “otiót” do Nome Santo que irradiava luzes em 42 cores direfentes, e aqui, aprendemos sobre o segredo do Nome de D´us de 42 Letras (Ana Bekoach) com o qual os iniciados realizam suas kavannót e seus “nissim (milagres)”, e entenda “nissim” como “escapadas”. Ainda sobre o cajado, o Zohar nos conta que ele foi criado no crepúsculo do sexto dia da criação.


Em 2006, 5766 no luach hebreu, eu iniciei a criação e gravação de músicas me utilizando deste profundo conhecimento, que resultou no CD “Caminhos Místicos (não lançado por gravadora)”. Iniciei uma “hajra” pelos “multiversos” na minha neshamá até o futuro, e ouvi canções as quais eu mesmo comporia no futuro, trazendo-as para o presente ano (2006) e gravando cada instrumento que ouvi. O resultado sempre provocava uma intensa alegria e elevação espiritual.


Estas são minhas palavras sobre “meditação”, que espero, ajude aos leitores compreender sobre este segredo místico e aplicá-lo em suas vidas.


“Mitzavá bli kavanná, ke´guf bli neshamá (Uma boa ação sem kavanná, é o mesmo que um corpo sem alma)”

(Rabbi Avraham Yitzchak Kook)”.


O rabbi Misha´El Yehudá é o fundador e presidente da “Associação Cabalista Mundial – Gará Kulam Moshav”, e o redescobridor dos antigos ensinamentos da “Escola Séter – A Antiga Escola de Mistérios dos Iorei Edey Há-Merkavá (Os descidos da Carrugem Diniva)”. Nascido Paulo Sergio no ano de 1966 no bairro de Beith-Lechem (Belém) em SP, judeu marrano (descendente de B´ney anussim), circuncidado no “Hilulá (aniversário de ocultamento)” do grande Qabalista do século 16 conhecido como “Ha-Ari (Rabino Yitzchak Lúria)”. Qabalista, iniciou seu caminho pela Sabedoria da Torah, ao receber a visita em seus sonhos de um rabino falecido em 1955, que lhe revelou profundos segredos escondidos na Torah de D´us.



segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ultimatum


Zohar Ha-Qadosh:

“Uma nação vai surgir a partir de um fim do mundo (Coreia), contra os ímpios “Romanos (E.U.A.) e vai combatê-los por 3 meses. Outras nações irão juntar-se a guerra contra a nação a partir de fim do mundo, até Edom todos se unirão contra esta nação. Então HKB "H (Hashem, bendito seja Ele)” irá surgir contra eles, como ele diz,"וטבח גדול בארץ אדום Um gigantesco massacre na terra de Edom (E.U.A)”.

זוהר ח"ב לב ע"א:


יתער עמא חד מסייפי עלמא על רומי חייבא, ויגח בה קרבא תלת ירחין, ויתכנשון תמן עממיא ויפלון בידייהו, עד דיתכנשון כל בני אדום עלה מכל סייפי עלמא, וכדין יתער קודשא בריך הוא עלייהו, הדא הוא דכתיב (ישעיה לד ו) כי זבח ליהו"ה בבצרה וטבח גדול בארץ אדום וגו’.


"Um a um, tudo o que as pessoas tem usado para se apoiar e se manter economicamente já começou a cair [bancos, seguros, etc]. Nos EUA, a poderosa “GM (General Motors)” já abriu concordata. Pouco dinheiro será inútil. Isto irá continuar até que, finalmente, não haverá nenhuma outra fonte de sustento, com exceção do nosso Pai que está nos céus.

... Anti semitismo está continuamente crescendo em muitos países e um grande número de judeus têm medo de vistos como judeus (exceto aqueles que são fies à Torah e não ao dinheiro). Há países onde o anti-semitismo é abertamente pregado.


... O mundo está caminhando para uma Terceira Guerra Mundial, que precede o final da guerra em todo o mundo - Gog U´magog (Ver Ezequiel 38)]. Na guerra que dois terços do mundo desaparecerá (ver Zacarias 13:8), que Hashem tenha misericórdia.


Am Yisrael (Povo de Yisra´El), estamos bem diante do final. Decida o que você quer!".

Eu quero dizer isto para vocês que tem transgredido a Torah: Eu passei fome intensa, a ponto de ficar até mesmo três dias inteiros sem ter o que comer, com o que me alimentar, e no entanto, eu não coloquei “carne e leite” na minha boca.


O que é triste para aqueles que sempre tiveram o que comer, e nunca passaram fome, e mesmo assim, ele tem cometido “Peshá (rebeldia)” contra a Torah e assim contra o Sagrado, bendito seja Ele.


Eu me levanto todas as manhãs, e mesmo quando me sentia pesado, triste, não deixei de atar os meus tefilim e nem de recitar o Sh´má.

Agora, no momento em que Hashem vai sacudir o mundo, muitos virão e dirão: Nós te amamos Hashem, salvá-nos...


Neste momento no meu coração eu desejo que Hashem tenha misericórdia de todo o mundo, pois uma grande tempestade está para chegar, a mãe de todas as tormentas.

"Abra os olhos! Não me pergunte como chegar a Israel ou não. Não me pergunte como é que você pode vir sem dinheiro? Não me pergunte como você vai conseguir um emprego? Aqueles que confiam em Hashem terão a certeza de que Hashem proporcionará. Permitam-me recordar que, segundo o profeta Zacarias 13:8, dois terços de todo o mundo será destruído - mas não Eretz Israel".


Apocalipse 18:


“E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia (E.U.A), e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu (Am Israel – Povo de Israel), para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas”.


Eu recomendo que se leia o capitulo dezoito do Apocalipse. Eu não sou cristão, mais as profecias do Apocalipse são as mesmas que se encontram no Zohar Sagrado.




Fonte: http://www.dreamingofmoshiach.blogspot.com/ - Com acréscimos do Rabbi Misha´El Yehudá

domingo, 10 de maio de 2009

Os Mistérios de Qédem


אֶפְתְּחָה בְמָשָׁל פִּי אַבִּיעָה חִידוֹת מִנִּי־קֶֽדֶם - “Abrirei a minha boca em parábolas e publicarei enigmas dos tempos de Qédem”. Quanto mais eu investigo sobre a misteriosa inspiração que me lançou para escrever Crônicas de Qédem, mais me surpreendo.

Tempos atrás, durante um momento em minha "Kavanná", fui desperto para um segredo que ainda não havia percebido. Enquanto meditava as letras hebraicas dispostas no Tehilim (Salmo) 78:2 vieram a minha mente, e as "Qolót Mistorei" ou "Ha-Qol d´Arazá" despertaram no meu interior. O verso é o que está escrito acima, e na minha "visão" as letras moviam-se revelando-me os segredos guardados por elas. Meu nome hebreu "Misha´El" e mesmo meu nome civil "Paulo" estão codificados no verso.

As "Otiót (Letras)" me comandaram então: Atente para o segredo da palavra "Mayim (Água) - מָים

Parte do segredo eu ja conhecia, e este é o acrônimo escondido no termo "Mayim" cujas três letras "Mem, Yud & Mem Sofit" são as iniciais de "Matai Yavô Moshiach? (Quando Virá O Messiah?)".

As "Otiót" do "Sháb´tá" me disseram: "Atente que "Matai" também é um nome, e também é o nome de um único livro no "Sêfer Ha-Notzrim (O Livro dos Nazarenos). Faça o cálculo de gematriot da frase "Matai Yavô Moshiach"".

Procedi, então, e calcular a gematria das letras da frase, como as "Otiót" me instruiram a fazer. Este foi o resultado:

Matai (450) - Yavô (13) - Moshiach (358)

Ao descobrir esta gematriot (melhor escrever "Gematri´Ót)" eu fui instantâneamente levado a uma descoberta. Ouvi o comando: "Vá até o único livro na biblia cristã cujo nome é "Matai" e veja o pérek 13 passak 35".

E foi exatamente o que fiz. Levantei-me, tomei uma cópia do "Sêfer Ha- notzerim" que possuo em minha estante de livros, e procure pelo capítulo e verso que me fora sugerido.

"Le´malót êt ashér davár ha-naví le ´omêr: "Eftêcha be´mashál pí aviáh chidót miní Qedêm (Para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta: Abrirei minha boca em parábolas e publicarei enigmas dos tempos de Qedêm - Mateus 13:35)". Mateus vem do hebraico "Matai". O verso é uma repetição do Tehilim 78:2 de Asáf, que não era um profeta, mais um músico.


אֶפְתְּחָה בְמָשָׁל פִּי אַבִּיעָה חִידוֹת מִנִּי־קֶֽדֶם

O passúk (verso) possui 27 letras e sua gematri´ót resulta em 1716. Então, tomei a gematri´ót do verso e somei ao número de "oitót" o que resultou em 1743. Acresci, então, este resultado ao número do pérek (capítulo) e do primeiro passúk (78+1)=79.

1743+79=1822

Tudo o que eu tenho escrito e falado nestes últimos três anos está relacionado com "Qedêm" que para o título do meu livro eu transformei em "Qédem". Tomei, então, o valor gemátrico de "Qedêm (קֶֽדֶם)" e somei ao resultado 1822.

144+1822=1966

"Pelos peyot de Rav Shimeon Bar Yochai - exclamei" - 1966 é o ano em que eu nasci! como é possível? Resposta:

"Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado (Ióv 42:2)". Yóv (Jó) que em arábico é "Ayyub" é uma das personagens principais de "Crônicas de Qédem".

ידעת כי כל תוכל ולא יבצר ממך מזמה

Crônicas de Qédem

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Poema de Jadduá - Trecho de Crônicas de Qédem


Encontrei-te em pé entre os dois pilares erguidos dentro do templo construído no interior da Grande Pirâmide edificada sobre o solo de Hê-Élen – sétimo mundo de Atik na constelação de Perseu, cujas paredes estavam gravadas com estranhos hieróglifos, e apesar de não reconhecê-los, suas palavras penetraram na minha alma enquanto meus olhos observavam os contornos dos teus lábios e seguiam as curvas do seu belo corpo oculto apenas por um tecido de seda dourada. As letras dos hieróglifos gravaram-se nas tábuas das quatro câmaras do meu coração. Elas soletravam um nome é um título: Jadduá - A Princesa.

O templo onde eu estava a te observar havia sido erguido sobre as areias do deserto desde magnífico e distante planeta. Ao redor dele haviam setenta tamareiras, cujos frutos eram translúcidos como gotas de luz, semelhantes às Tamareiras do Oásis de Aur. Era noite, e eu podia ver as estrelas pela abertura feita no teto. Procurava encontrar a mais bela que meus olhos pudessem revelar-me. Suavemente, minha atenção foi desviada para os seus olhos, e fui guiado pelas suas mãos suaves até os seus lábios. Beijou-me, e eu pude sentir o sabor de tâmaras e o aroma de canela que deles destilavam-se.

Óhh, suas mãos tão belas e macias tocaram-me a alma. Sua respiração entre os meus lábios é a vida. Ali, dentro do templo, você me tornou imortal através do toque dos teus lábios, e meu corpo transformou-se em luz, e então eu te reconheci, imortal Princesa do Conhecimento, como teu nome assim revela. Um sono arrebatador me dominou.

Minha alma sentiu o seu toque minha querida, nesta madruga. Uma brisa suave entrou pela sacada e invadiu o meu local no templo. Uma fina névoa subiu do solo calçado com placas luminosas de saphir, e eu vi nela a sua forma, bela, mística, iluminada.

Os hieróglifos gravados nas paredes e nas colunas do templo iluminaram-se, piscando como os sad´ram, revelando às minhas almas e ao meu espírito os segredos dos antigos, no local edificado em um mundo chamado, não por acaso, de Hê-Élen, que na língua de Éber significa “Oculto”, orbitante da estrela Atik que no mesmo idioma quer dizer “Antigo”, e por suas uniões chamam-nos de “O Antigo & Oculto Lar de Jadduá – A Princesa do Conhecimento.

Despertei do meu místico sono com o sabor de tâmaras nos lábios e o aroma de especiaria por todo o corpo, a especiaria que amplia a consciência, a especiaria que prolonga a vida.

“O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria”.

Provérbios de Sulayman 2º Suráta 5º Ayát




Crônicas de Qédem à venda: www.biblioteca24x7.com.br

domingo, 22 de março de 2009

As Quatro Faces de Amalek



Corte da semente de Amalek
(Zohar)


O Pastor Fiel (Moisés) fala sobre Amalek e como os nomes de Bila´am e Balak estão escondidos nele. Ele diz-nos das quatro faces de Yisrael - Jacob e Rachel, Israel e Leah - e diz que essas correspondem às quatro faces da águia. Do mesmo modo existem quatro faces a Amalek - divinação, encantamento, iniqüidade e teimosia. Amalek em cima é Samael, cujas faces tentam as pessoas a pecar contra o Deus.


“Por isso, será, quando o Eterno Seu D´us, te der descanso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Eterno, teu D´us, te ETA dando por herança para possuí-la, apagarás a memória de Amalek de debaixo dos céus, não te esquecerás (Devarim 25:19)”. Porque o Sagrado, abençoado seja Ele, jurou não voltar ao Seu trono antes que Ele realize Sua vingança. O Pastor Fiel abriu e disse: “seguramente é por isso que eles viajavam na selva e pelo mar, e não se introduziram terra de Yisrael até que Ele (D´us) tomasse a vingança em cima de Amalek”.


Ele pergunta: “quem é esta raiz de Amalek acima no sentido espiritual? Vemos que as almas de Bila´am e Balak vieram do Amalek celestial, e é por isso que eles tiveram mais inimizade contra Yisrael do que qualquer outra nação ou língua. É por isso que AMALEK está marcado nos seus nomes, a saber o “AM (עמ)” de Bila´am e “Lak (לק)” de Balak. Os Amalekitas são masculinos e femininos e deles o pastor fiel diz: “Ele não observou a iniqüidade em Jacob nem ele viu a teimosia de Yisrael (Bamidbar 23:21)”, ONDE A INQÜIDADE É O LADO MASCULINO de AMALEK E A TEIMOSIA É A SUA FÊMEA. As letras que sobram de Bila´am e Balak formam o nome “Bavel (בבל)” que significa “Confusão”.



As Quatro Faces


O Yisrael tem quatro faces que são: Jacob que é Yisrael, Rachel e Leah. Yisrael e Jacob são o macho e Leah e Rachel são a fêmea. Essas quatro correspondem ao segredo de Ezequiel quando nos conta sobre as “Chaiót (os Animais Sagrados)”: “E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro (Yechezkel 1:10)”. Isto é, que correspondem as quatro faces da águia, desde que Jacob e Yisrael são o aspecto de uma águia que é a coluna central da Árvore das Vidas, chamada de “A Face Pequena”. Do mesmo modo há quatro faces a Amalek, que são: a divinação, o encantamento, a iniqüidade e a teimosia. As letras do termo iniqüidade (Hebraico: amal) estão presentes em Amalek (Amal-ek), e de Haman, quem descendeu de Amalek sobre quem se diz: “O seu dano (Heb. amal) se voltará sobre a sua própria cabeça (Tehilim 7:17)”. E todos os chefes de Esaú (Essav) vieram de Amalek. Amalek em cima é Samael que tem quatro faces que são a iniqüidade, o encantamento, a teimosia e o engano. Eles tentam o homem pecar contra o Sagrado, abençoado seja Ele. A divinação “קסם” (Heb. kesem) é o Quf (ק) de Amalek, o veneno “סם (Heb. Sam)” de Samael, e o encantamento é o El (אל) de Samael.



A Batalha de Riddick


No filme protagonizado pelo ator americano Vin Diesel, o universo enfrenta um poderoso inimigo chamado “Necromongers”, um exercito de “semi-vivos” liderado pelo maléfico “Lorde Supremo” que curiosamente usa um Elmo (uma mascara/capacete) que tem “Quatro Faces”.


Os necromongers viajam de planeta em planeta convertendo seus habitantes à sua maléfica religião, matando os que não aceitam serem convertidos, e destruindo por fim, os seus mundos.


O termo “Necromonger (singular)” pode ser dividido em “Necromon-Ger” sendo que a ultima parte forma, em hebraico, o termo usado para “Convertido”, mas que carrega um outro segredo.


O termo “GER” é escrito com duas letras hebraicas, as letras “ג Guimel” e ר Resh” que são as iniciais de “Guilgul Ruach (A Roda do Espírito)” significando que, as pessoas convertidas recebem então um espírito adicional profano chamado “rashá (perverso)”.


Os nossos Sábios nos ensinaram: É proibido dar a um filho o mesmo nome de um Rashá. Alguns acrescentam que esta proibição não recai apenas sobre o pai, mesmo que já tenha dado a seu filho o nome de um Rashá (porque ele não sabia que era proibido), ao público é proibido chamá-lo por aquele nome. Eles devem substituí-lo por um apelido, e chamá-lo por este apelido.


Um exemplo, para que fique claro em nossa mente de um nome de um “perverso (rashá)”, seria dar à criança o nome de “Hitler, Stalin ou Mussolini”, ou mesmo “Saddam”, ou em um outro exemplo, dar à criança o nome de “Charles Manson”, o assassino serial que matou a atriz “Sharon Tate” esposa do então cineasta “Roman Polansky (O Bebê de Rosimary e o aclamado O Pianista)”.



Uma Advertência


Esta, pois escrito no Tehilim: “Bem-aventurado a pessoa que não segue os conselhos dos perversos (reshaim – plural de rashá)”. Desta forma é proibido se associar com eles, comer com eles, andar com eles, e mesmo tomar uma carona com eles.


Os “reshaim” que são aqueles encarnados com espíritos perversos, às vezes não são pessoas, mas, demônios em forma humana, e a pergunta que fica é: Como saber que são? Eles são aqueles que se recusam a cumprir Torah, não praticam e nem tem a intenção de praticar as mitzvot.


Algumas vezes, mesmo tendo a aparência de piedosos, não o são, e na primeira oportunidade usarão do julgamento contra aqueles que praticam Toráh. Usam suas bocas para dizerem palavras profanas, palavras de baixo calão, etc.


Ao judeu é proibido usar seus lábios para tais praticas, uma vez que a boca que recita as palavras sagradas da Toráh e o Santo Nome de D´us, não pode fluir com duas fontes, sendo uma doce e a outra salgada.


Os “reshaim” fazem parte da “Érev Rav (A multidão misturada)” que são os Nefilim (Caídos), Giborim (Poderosos), Anakim (Gigantes), Reshaim (Perversos) e Amalek. A “cabeça (coroa)” desta árvore maléfica é Amalek.


A moda agora é o surgimento de “kabbalistas” que sequer tem a marca do pacto sagrado, a circuncisão, que criam e abrem escolas de kabala. Tem a aparência de piedosos, mas na primeira oportunidade que tiverem, usarão de julgamento para com os “santos (os praticantes da Toráh)” e destruirão as vidas daqueles que sem conhecimento se associaram a eles. Que D´us nos livre de tal associação.


Infelizmente os reshaim estão se inserindo no meio da nação de Israel. Rabinos sem sabedoria, desligados do estudo do Zohar sagrado e da sagrada Qabalah, tem aceitado estas pessoas como convertidos no seio do povo. E muito fácil, encontrar na internet, por exemplo, estes seres, e verificar pelo uso que fazem desta ferramenta (a net) que são reshaim disfarçado de “yehudim”. Usam de palavrões, perseguem outras raças e credos, usam de julgamento, se utilizam do lashon hará (calúnia), e ainda por cima se intitulam como ortodoxos para enganar a justiça, ou faltar às audiências marcadas pela justiça depois de terem sido denunciados e processados por seus crimes.


Minha oração é para que D´us nos livre de estarmos associado a estas pessoas, e que se, involuntariamente o fizemos, que Ele nos perdoe por nossa falta de sabedoria e apague as conseqüências de tal associação. Amén!




sábado, 21 de março de 2009

Sinais - Milagre No Havdalá


No dia 20 de Setembro de 2008, durante o "Ritual da Separação", um "Sinal (Ót)" foi manifestado no momento em que a brachá (benção) sobre o fogo da vela trançada era realizado. As "Qolót Mistorei (As Vozes dos Mistérios)" ascenderam em meu interior, gravando em minha neshamá o comando para que eu tirasse uma foto enquanto a vela estava acesa. Como tenho sempre comigo no bolso do meu yankele (colete) o meu celular, tomei-o e bati a foto enquanto segurava a vela acesa. Isto ocorreu em questão de segundos. Depois de encerrar o "Ritual", tomei o celular, e descarrei a foto em meu laptop, e foi então que vi o que havia sido capturado, o que me encheu de temor pelo Sagrado, bendito seja Ele.

"As chamas da vela trançada haviam tomado a forma da letra hebraica Zayin no exato momento em que a foto foi tirada".

Naquele momento, lembrei-me do passuk 4º do Tehilim 104: "Ossê malachaiv ruchót, meshartaiv êsh lohét (Torna os ventos Teus mensageiros, e o chamejante fogo Teu atendente - Tehilim 104 passuk 4)".

A "chaiót zayin (criatura viva zayin)" havia se manifestado pelo comando do Sagrado, bendito seja Ele, como uma mensageira.

O Maggid de Mezeritch, o sucessor do Ba'al Shem Tov, ensina que o versículo "Uma mulher de valor é a coroa do seu marido" faz alusão à forma da letra zayin. A letra anterior, o vav, retrata a Ór yashar ("Luz direta") que desce de D´us para a humanidade. O zayin, cuja forma é semelhante a um vav, embora com uma coroa em cima, reflete a Ór yashar ou do vav como Ór chozer ("regresso à luz"). Ór chozer sobe com tanta força que ele atinge um estado de consciência mais elevado do que o do ponto de origem revelada no Ór yashar. Ao chegar ao reino de Keter (a "coroa"), amplia sua consciência tanto à direita e à esquerda. Na verdade "não existe uma esquerda no Ancião (o nível de Keter), é justo para todos”. Isto significa que o temor de Deus (à esquerda), neste nível é indistinguível, na sua natureza para agarrar diretamente a D´us, desde a mais alta manifestação do amor de D´us (à direita).


A experiência de Ór chozer, após a consumação do processo criativo inerente do Ór yashar, a criação do homem no sexto dia, é o segredo do sétimo dia da Criação – A Rainha Shabat. A Shabat, que, em geral, significa a mulher em relação ao homem -"a mulher de valor é a coroa do seu marido"- tem o poder de revelar a seu marido em sua própria consciência ampliada, a experiência do prazer e sereno sublime vontade inata no dia do Shabat. A mulher é a Shechiná (A Presença Divina) a esposa do Messias.


"Quem é uma boa (literalmente “kosher”) mulher? Ela a que faz a vontade de seu marido (O messias)”.


A manifestação de zayin durante o ritual, foi um recado, uma mensagem do Sagrado, bendito seja Ele, dizendo "Olhe, veja, o nivel de consciência que você atingiu". Pensar nesta experiência a cada dia, me faz ter mais desejo de subir mais alto na minha busca pelo divino.


Entre esta sublime experiência e o amor pela guarda do shabat, eu digo que, vale a pena, mesmo em momentos em que estamos sós, manter a aliança do shabath santificado do Eterno.






quarta-feira, 18 de março de 2009

A História da Qabalah



Dez gerações depois de Noé, Abraão nasceu a seu pai Terach na Mesopotâmia. Terach foi um idólatra que viveu em um reino governado pelo rei Nimrod. Com três anos de idade, Abraão instintivamente sentiu que era ilógico adorar estátuas de madeira e pedra. Sua mente começou explorar, e ao longo do tempo, ele finalmente se convenceu da noção de monoteísmo, um Deus, um Super Ser que é onipotente.


Desde o início, Abraão lutou contra a corrente predominante - um atributo herdado pelos seus descendentes.

Ele foi apelidado de “o Ivri (lit. "o outro lado")”, porque o mundo inteiro estava de um lado e ele estava do outro. Nimrod lançou-o em uma fornalha ardente por causa da sua crença herético, mas ele surgiu milagrosamente ileso de dentro da fornalha, e começou a proclamar suas convicções em público. Abraão foi um grande filósofo, astrólogo e astrônomo. O Talmude ensina que, “Abraão realizou grande astrologia no seu coração, e todos os reis do leste e oeste surgiram cedo em sua porta". Mudou-se para Haran, e com a idade de setenta e cinco, Deus falou com ele pessoalmente pela primeira vez e encarregou-o a abandonar sua terra natal e entrar na Terra Santa. Quando Deus revelou-se a Abraão, uma das primeiras coisas que Ele lhe disse que era seu destino, e que seus descendentes, transcenderam a influência das constelações. Por isso, Abraão não devia estar preocupado com previsões astrológicas.

Foi na Terra Santa, onde ele se encontrou com Malki Tsedek, Rei de Shalem, que era um sacerdote de Deus, o Altíssimo (Gênesis 14:18). Nosso Sábios identificaram Malki Tsedek como Shem, o filho de Noah. Há evidências de que a tradição mística foi ensinada a Abraão por Shem. De acordo com algumas autoridades Abraão é o autor Sefer Yetzirah (O Livro da Formação), uma das obras fundamentais da Qabalah.

O Talmude afirma que Abraão, Isaac e Jacó estudaram na Escola de Mistérios de Shem e Eber. O Talmude ainda proclama que os Patriarcas mantiveram toda a Torá antes que ela fosse dada a Moisés. Como foi isto possível? Os Qabalistas explicam que eles mantiveram a Torá, na sua forma espiritual, pois foi só posteriormente através de Moisés que a instrução da Torá se tornou manifesta no mundo físico. Os Patriarcas, porém, estavam bem conscientes do fluxo espiritual afetado pela observância das mitzvot. O Zohar compara o episódio bíblico de Jacó com as varas, calhas, ovinos listrados com o mitzvah da colocação dos Tefillin. Ambos obtiveram uma emanação divina semelhante, porém após o Sinai, foi a vontade divina que este fluxo espiritual, veio a se manifestar através de um par de Tefillin físicos.

Abraão foi também plenamente consciente da utilização da magia e idolatria que poderiam ser desenvolvidas a partir desses mistérios elevados, e o Talmude afirma que Abraão tinha um tratado de como lidar com idolatria que continha 400 capítulos. Existe também um ensino Talmúdico que explica que Abraão ensinou os mistérios que envolvem "nomes impuros" para os filhos das suas concubinas. Este se baseia no verso, "para os filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes, e ele mandou-os embora... às terras do Oriente (Gênesis 25:6)”. Estes dons constam de mistérios ocultos, que se espalharam no leste da Ásia. Não é de admirar que, em muitas das religiões orientais encontramos paralelos para ensinamentos Qabalisticos. Um dos exemplos mais simples e marcantes da transmissão do oculto é que cada criança que conhece um mago usa a expressão "Abracadabra". Essa expressão mágica não é senão uma extensão do aramaico hebraico Abra – eu criarei, k'adabra – como falo (hebraico: Ani bara cmô davar), que se refere ao conhecimento de como criar utilizando letras e nomes documentados no Sefer Yetzirah.

Abraão estendeu o comprimento e a largura do terreno proclamando a sua convicção, e ele foi tão bem sucedido que ele converteu milhares ao monoteísmo. Seu método foi de uma bondade, ele criou uma hospedaria e após alimentar seus hospedes ele os apresentava à verdadeira crença. Abraão converteu os homens e Sarah as mulheres e juntos trouxeram muitas almas sob as asas da Shechinah (Presença Divina).

Este trabalho foi continuado por Isaac, o segundo filho, que nasceu milagrosamente após a circuncisão de Abraão, o que implica que a sua futura Progenía seria circuncidada e iria sobreviver milagrosamente. Isaac exibiu surpreendente contenção e auto-sacrifício no evento da Akedah (o atamento de Isaac). Esses atributos foram para sempre gravados na alma judia. Jacob, o filho Isaac, estudou na Escola de Mistérios de Shem e Eber catorze anos antes que se inicia-se sua perigosa viagem de volta à Mesopotâmia para a propriedade de seu tio Lavan. Sobre esta viagem, durante o sono no lugar que viria a ser o Monte do Templo, ele teve o sonho da escada e os anjos, um sonho cheio de mistérios que a Qabalah explicaria em mais de um capítulo. No exílio ele levanta as doze tribos e, posteriormente, retorna, apenas para ser mais contestado. Eventualmente, ele desce para o Egito, onde ele estabelece uma Casa de Estudo dos Mistérios, onde especificamente instrui seu filho Levi, na tradição, e da tribo de Levi se toma os sacerdotes israelitas. É aqui que o destino foi definido para o bisneto de Levi Moisés, para resgatar os filhos de Israel da escravidão egípcia.



domingo, 15 de março de 2009

Qabalah Movie: Homem de Ferro

Tony Stark

O homem numa “Qlipá (Casca)”


O nome “Tony” é um diminutivo de “Antony” por sua vez derivado de “Antonio”:O que está na vanguarda e indica uma pessoa de força interior e fé inabalável nos seus próprios ideais. Isto lhe permite estar sempre à frente, abrindo caminhos que geralmente levam a resultados positivos para todos. Já o sobrenome “Stark” vem do Inglês e significa “Rígido”. A um segredo interessante neste sobrenome que em Hebraico pode ser dividido em “Star-K” ou “Seter Quf” que significa “Segredo de Quf”. O alfabeto hebreu, apesar da sua simplicidade evidente, contém dentro dele os segredos mais profundos da Criação. Duas letras, um reish e um zayin, combinan-se para formar a letra Quf. O zayin, à esquerda, desce abaixo da linha, enquanto o reish, à direita, paira acima dele. A união paradoxal simbolizada pelos dois componentes do Quf é o segredo "de não há ninguém sagrado como Deus." Em geral, o Quf significa Qedushah, "a santidade". O nível único da santidade inerente a Deus é expresso, nas palavras do Zohar, como: "ele é agarrado dentro de todos os mundos, e ainda ninguém o agarra." A descida de zayin sobre o Quf simboliza “O que foi agarrado em todos os mundos, permeando até os reinos da realidade “abaixo da linha”, isto é, os mundos antitéticos àqueles em que a Presença de Deus é revelada”. O reish, a transcendência onipresente de Deus, permanece "separado" e sagrado (em hebraicos, "sagrados" significa “separados”) em relação à Sua imanência de descida. No termo hebreu “tzadik (Justo), a sua letra inicial, o “tzadi”, “caça” as centelhas caídas”. A centelha sagrada, capturada "abaixo da linha" na matéria física ("anti-matéria", quando nos reinos espirituais) é o segredo da letra seguinte, o Quf, para o qual o tzadi se une para formar o nome completo, retificado – tzadik (Justo). “Stark” ´pode receber um trocadilho tornando-se “Spark (centelha)”.


Obadiah Stane


O nome “Obadiah” vem do Hebreu “Ovad´Yah” e significa “Servo de Yah”. Já o sobrenome “Stane” vem do Inglês “Stain” que significa “Mancha”. Alude a uma pessoa que tenha iniciado bem no “Avodat Há´shem (Serviço Divino)” mas que no decorrer de sua vida se tenha deixado “corromper”, produzindo assim, uma “Mancha” em sua “nefesh, ruach ou neshama”. Acerca disto diz o “Sha´ar Há´guilgulim (Portão das reencarnações)”: “Saiba, isso se uma pessoa merecer obter seus Nefesh, Ruach, e Neshama, e então os mancha com o pecado, ele terá que ser reencarnado para retificar os danos”. A personagem de Obadiah Stane indica alguém que adquiriu uma mancha em suas partes metafisicas.


Os segredos do Cabelo

Zohar Itrô


Esta seção descreve as características e motivações de pessoas com tipos diferentes de cabelos. Nós somos ensinados que os mistérios dos tipos variados de cabelos são para esses que são sábios na Torah que reconhecem o que está escondido nos seres humanos e estão na imagem de Elohim. São eles que se sentam para julgar.


Calvice


Se o cabelo dele está calvo, ele terá sucesso nos negócios, mas ele é um caloteiro. Há uma escassez de comida na casa dele. Na superfície, ele parece temer pecado, mas não é assim no interior. E tudo isso é assim antes que ele chegue a uma idade avançada. Mas se ele fica calvo na idade avançada dele, ele se torna o oposto do qual ele era antes, tanto para bem como para o mal. As palavras declaradas se referem ao cabelo calvo na frente, entre os olhos, no lugar onde os Tefilin são colocados. Porém, em outra parte da cabeça, não é assim. Ele não é um caloteiro, mas um fofoqueiro, um que fofoca sorrateiramente sem elevar a voz dele. Às vezes ele teme o pecado, e às vezes não. Assim, ele está debaixo do segredo da letra Zayin, quando inclui a letra Yud.


E Acabe chamou a Obadiah, o mordomo; e Obadiah temia muito ao SENHOR, porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água (Melachim Alef, perek 18, 3º & 4º passukim)”. Curiosamente foi dentro de uma “caverna” onde Tony Stark recebeu a luz, e produziu algo para ajudar a humanidade. Foi dentro de uma caverna que Rav Shimeon recebeu a revelação máxima da Qabalah: O Zohar.

Uma curiosidade aqui é que, Acabe era marido de “Jezebel” que era a encarnação da letra “Zayin” no mundo, enquanto seu opositor, o “Profeta Elias” era a encarnação da letra “Tzadi”.


James Rhodes


Este é o amigo principal de Tony Stark. Seu primeiro nome “James” vem do Hebreu “Ya´aqov” e “Rhodes” do Inglês “Rod” que significa “Vara/Cajado” e uma referencia secreta á letra hebraica “Vav”. Ya´aqov representa o Sefir´Ot de Tiféret, o “equilíbrio” e a letra “Vav” cujo valor numérico é “seis” também é Tiféret, porque este Sefir´Ot engloba outros seis que são “Chessed, Guevurá, Tiféret, Netzach, Hod & Yesod”.


Virginia Potts


“Virginia” vem do latim é significa “Virgem”, que por sua vez vem do Hebreu “Betuláh” e o seu significado qabalistico é “Erradicar o Caos”: Cada ação, seja positiva ou negativa, cria uma energia comparável como resultado de uma consciência correspondente. Se nossa consciência estabelece algo de caráter negativo, isto deve ser eliminado. Caso contrário, esta energia se torna parte do nosso “Software” futuro que dita e afeta nossas vidas diárias. O sobrenome “Potts” vem do Inglês “Pot” que significa “Vazilha”, ou seja, “malchut” o “Cli (receptáculo)” que está destinado a receber a luz do homem através do seu amor e sêmen.



A Punição No Gehinom (Inferno)

Um medo positivo do pecado pode inspirar-nos a perseguir o desenvolvimento espiritual, e por meio disso evitar as repercussões negativas inerentes ao nosso mundo de causa e efeito. Possuir Sabedoria, Compreensão & Conhecimento (Chabad), é ter habilidade de evitar as armadilhas que podem ser criadas pela lei de causa e efeito que nós mesmos colocamos em movimento, quando criamos ações negativas.

O rabino Aba disse que no Gehinom, há compartimentos sobre compartimentos, segundos, terçeiros, e assim por diante até sete - os nossos amigos já explicaram esta questão. Feliz é o honrado que se guarda dos pecados do mau e não segue nos seus caminhos. Já que quando uma pessoa que ficou impura, morre, ele passa para o “Mundo da Verdade” e desce ao Gehinom. Lá ele desce, até que ele chegue ao compartimento mais baixo.

“O Zohar explica que a permanência no Gehenom, na câmara nomeada "She´ol", é de doze meses, e ai a alma e levantada para reencarnar no mundo físico”.

Há dois compartimentos um perto de outro que são chamado She'ol, como mencionamos, e Avadon. Seja quem for que ganha o She'ol (com suas ações) é julgado e punido lá e então levantado a um nível diferente, um compartimento, mas mais alto, e isto continua até que ele seja lançado para fora e reencarne. Mas aqueles que descem ao Avadon nunca são levantados de lá novamente. Por isso é chamado Avadon (perdido), porque eles ficam perdidos lá para sempre.

Venha e observe: Noach (Noé) o justo, avisou a gente da sua geração, mas eles não prestaram atenção até que O Sagrado, abençoado seja Ele, trouxe a punição do Gehenom sobre eles. E qual é a punição Gehinom? Ela é o fogo e a neve, a água e o fogo; o primeiro faz frio, depois fervura. E toda aquela geração foi condenada à punição no Gehinom e foram varridos do mundo. Eles foram fervidos vivos pelas águas quentes que se levantaram do inferno.

Depois daquela punição, o mundo foi capaz de existir e funcionar corretamente. Noach entrou na arca e trouxe nela toda a espécie de criações vivas do mundo. Deste modo, naturalmente, Noach foi uma árvore que procriou o fruto, e logo toda a espécie do mundo emergiu da arca.

O rabino Chiya disse: Durante 300 anos antes da Grande Inundação, Noach avisou-os para modificarem os seus caminhos, mas eles não o escutaram até o tempo quando o Sagrado, abençoado seja Ele, terminou de esperar pelo arrependimento deles, como está escrito: "AINDA OS SEUS DIAS SERÃO CENTO E VINTE ANOS”. Então eles foram varridos do mundo.

Eles tiveram então todos aqueles anos para se arrependerem e corrigirem-se, e assim erradicar a causa negativa que lhe traria as conseqüências, mas eles não quiseram.


O Encurtador do Caminhos (Qiftzat Ha-Derách)

O Kwisatz Haderach é um nome fictício de uma figura profetizada do messias no universo de Duna, criada por Herbert Frank, e estendida mais tarde por seu filho, Brian Herbert, ao lado do autor de ficção científica Kevin J. Anderson. O nome significa a “o encurtador do caminho” e é o titulo aplicada pelas Bene Gesserit ao desconhecido que procuravam através de uma solução genética, um Bene Gesserit masculino cujos poderes mentais e orgânicos construíssem uma ponte sobre o espaço e o tempo. Conhecido também como “aquele que pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo.” A frase Kwisatz Haderach veio originalmente do Hebreu (קְפִיצַתהַדֶּרֶךְ, HaDérech originalmente do Hebraico Tiberiano e Qif̄îá do Hebraico padrão). No judaísmo, o termo está especialmente associado com o movimento cabalista, que é usado para descrever a habilidade de saltar instantaneamente de um lugar para outro sem se mover, atribuído a vários homens santos (tzadiqim). O termo é usado em alguns dos trabalhos de Shmuel Yosef Agnon, um escritor Israelita que ganhou o prêmio Nobel de literatura de 1966 (mesmo ano em que Duna ganhou os prêmios Hugo e Nebula). Em uma história de Agnon baseada em um dos contos dos cabalistas acima mencionados, a um Rabbi justo (Tzadiq) é dado o dom de “Kfitzat Haderech” que o usa para entrar na Tesouraria do império de Habsburg, e saltar de volta para o seu shtetl (aldeia judia), despercebido por qualquer um. Usa o dinheiro para ajudar os Judeus pobres e perseguidos, e a história diz que o poder seria removido dele se ele ficasse com algum do ouro. Mais tarde, quando o Imperador planejou criar um decreto prejudicial aos Judeus, o Rabbi usou seu poder de “Kfitzat Haderech” a fim saltar para câmara de audiências e bater no Imperador com sua vara, sendo visível (e tangível) ao Imperador, mas invisível a seus conselheiros e protetores.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Arazá d´Segulá


Trecho do Livro "Crônicas de Qédem" do Escritor Misha´El Yehudá Ben Yisra´El. À venda: www.biblioteca24x7.com.br





Uma “Menorá” de sete lâmpadas suspensas que repousava sobre uma pedra de Pítida cortada na forma de um retângulo, inundaria em breve com suas luzes, o ambiente preparado intencionalmente antes do por do sol ocre, conferindo ao lugar uma atmosfera mística e sagrada onde logo o antigo ritual do “Araza d´Segulá – O Mistério das Três Colunas” seria realizado. Das sete lâmpadas, apenas três seriam acesas seguidas de orações recitadas em shab´ta. Estava colocada à frente de uma cavidade em arco feita na parede leste. Era o sexto dia da shavuá e o logo o brilho de Chaiim iluminaria todos os planetas do sistema Qadmon divinamente alinhados, assinalando, como fora escrito nos antigos pergaminhos-filme: “No érev “D´Arazá d´Segulá” uma estrela magnificamente brilhante se elevará ao Norte, rodeada de outras setenta estrelas”. Isto fora escrito acerca de Chaiim – A Estrela da Vida, e os setenta mundos do sistema.

A qüinquagésima lua, chamada desde os tempos incontáveis de “O Coração de Atiká” já mostrava sua iluminada face sinalizando a abertura do qüinquagésimo portal, nomeado de “Sha´ar Ha-Chochmá – O Portão da Sabedoria”. Em todos os lares dos Sekudot e mesmo dos “Guerim – Os Estrangeiros” os que vieram de outros mundos e estabeleceram residência em Aur o qual chamam de “Kulam Moshav (Morada de Todos)”, antigos pergaminhos seriam abertos, e ao repouso da vigésima milésima sexta micro pedra de todas as sha´onim, o estudo dos mistérios do universo seria aberto pela recitação do “Qiriat Arba” pelos lábios de todos os iniciados.

- Sham Ayin Iashar El Atiká Elohainu Atiká Echad – recitou Ayyub enquanto mantinha-se em pé na cabeceira da longa mesa juntamente com sua família e os demais Sekudot moradores daquela residência escolhida por ele para a celebração do ritual.

- Venha minha princesa – chamou o patriarca. – Acenda as três lâmpadas principais no segredo do “Arazá d´Segulá” – pediu-lhe enquanto apontava com a mão direita para a Menorá Sagrada. Aliya caminhou e colocou-se à frente do místico candelabro. À sua esquerda, uma janela dava visão aos místicos e poderosos Zifqim – Os Pilares de Fogo. Ela elevou as mãos e juntou-as palma com palma. Fechou os olhos ocultando o eclipse de prata em suas pupilas, adquirindo kavanná enquanto recitava suavemente uma oração no idioma de Éber.

- Beruch atá Atiká ve´Qadishá, mélech iaqum, asher qadishánu be´mitzvá ve´tzivánu, le´hadliq nerot Arazá d´Segulá.

- Bendito sejas Tú oh! Antigo e Santo, Rei do universo, que nos santifica com a ordenança e nos comanda acender as lâmpadas do Mistério das Três Colunas – traduziu Ayyub, ao que todos os presentes responderam.

- Ha-Am d´Arazá d´Segulá anachnu. Ve´Ner Qadishá Atá Ribinô Shel Al Olamot. Ner Tamid tzaf be´iaqum be´iamei olam.

- O Povo do Mistério das Três Colunas somos nós. E a Lâmpada Sagrada és Tu, Mestre de todos os mundos. Lâmpada Eterna suspensa no universo desde os dias antigos – An-Nur traduziu.

Saviv abriu os olhos que brilhavam como duas lâmpadas suspensas. Todos os presentes ergueram as mãos abrindo os dedos em “V” no antigo segredo dos Ethanim. Suas unhas começaram a irradiar o característico brilho azul, e então Ayyub recitou.

- E disse D´us: “Sejam luzeiros na expansão dos céus, para separar entre dia e entre noite, e sejam por sinais...”.

Aliya separou as mãos e levou-as até a Menorá e ao aproximá-las do candelabro, as lâmpadas suspensas instaladas sobre ele acenderam-se mágicamente.

- Beruch atá Atiká Qadishá, borê meorê há- esh (Bendito sejas Tu, oh Ancião Sagrado, que criastes o fogo) – recitaram todos os presentes.

- I’vârekhâh b’khôl tôv,

V’ishmôr hhâh mi’kol râ’h,

V’yâair livkhâh bsêkhel chayyim,

V’yachônekhâh b’daáth olamin,

V’isha phnêy chasadav I’khaâh,

Lishlôm olâmim.

Recitou An-Nur a antiga “Benção do Fogo Resplandecente. Ao que os participantes da mesa responderam à meia voz:

- Te abençoe Ele com todo o bem.

E te guarde de todo o mal. Esclareça Ele o teu coração com sabedoria imortal.

E te contemple com eterno conhecimento.

Que Ele eleve o seu rosto misericordioso e te dê paz eterna.

An-Nur flutuava sobre suas chamas tendo as mãos viradas para cima e em forma de concha, onde as flamas brancas de seu fogo mantinham-se acesas como dois “amudim vovim” que surgem espontaneamente no deserto.

Ábda[1], a matriarca da casa, entrou vindo de um aposento adjacente à direita, trazendo uma badeja de kessaf sobre a qual repousavam duas “Chalót – Os Pães Trançados”, e colocou-a sobre a mesa.

- Abd´El[2] – chamou ela. – Traga o guéfen que preparamos esta tarde – comandou. Um jovem de cerca de treze shanót adentrou o ambiente, trazendo nas mãos outra bandeja também de kessaf, onde um cântaro feito de cerâmica possuía como conteúdo, o místico vinho extraído especialmente da “Anaf shel Anavim – O Ramo de Uvas” para o ritual.

- Muito bem meu filho – disse Abidá[3], o patriarca da casa, enquanto levava a mão direita para acariciar a cabeça do jovem iniciado, o único filho do casal.

Lâmpadas feitas de shêmen e essência de Qnamon, instaladas em pequenas cavidades junto as paredes, impregnavam o ar da casa do maravilhoso aroma de canela, proporcionando a elevação das mentes para o estudo que logo teria inicio.


[1] Literalmente “A que serve”.

[2] Servo do El

[3] Literalmente “Pai do Conhecimento” – Av-Yodêa.